sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Como ocorre a dominação cultural sofrida pelo Brasil?

Um dos exemplos mais visíveis da dominação cultural é o uso da língua estrangeira, principalmente a inglesa, na comunicação oral e escrita dos brasileiros que vivem nas grandes cidades. Pense quantas palavras inglesas usamos em nosso cotidiano: “mouse”, “delivery”, “stress”, “self-service”, “teen”, “fast-food” e tantas outras. São anúncios, propagandas, revistas, programas de televisão em que percebemos nitidamente a língua inglesa sendo usada para comunicar uma informação. Muitos acham que o uso da língua inglesa é superior e mais evoluído. Por exemplo, uma "pizzaria" que entrega "pizzas" em domicílio acaba sendo mais valorizada se usar a expressão "delivery". Assim temos uma empresa do ramo alimentício que entrega pizzas (expressão de origem italiana) delivery (expressão de origem norte-americana). Esse estrangeirismo em nossa comunicação é criticado por muitos estudiosos e aceito por outros, mas de qualquer forma é fruto do domínio cultural e tecnológico, pois “quem cria a tecnologia cria a terminologia”. Por curiosidade, os povos da América Espanhola não aceitaram o termo “mouse” e usam a expressão “raton” quando se referem ao periférico do microcomputador. Outros exemplos do domínio cultural também são visíveis na música veiculada pelas rádios FMs. A grande maioria das rádios, a serviço das grandes gravadoras multinacionais, veicula canções de cantores(as) ou grupos norte-americanos, que acabam sendo mais conhecidos que os artistas brasileiros. E veja que a Música Popular Brasileira é considerada pelos estrangeiros como a melhor do mundo. E o que dizer do cinema? Música, cinema, internet são veículos para propagar o que chamamos de "American way of life", ou “modo de vida americano”. Assim, o Imperialismo expande não apenas o poder econômico, mas, sobretudo, os valores.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Relação de poder para Foucault

Para Foucault, o poder não existe, o que existe são as relações de poder. No entender de Foucault, o poder é uma realidade dinâmica que ajuda o ser humano a manifestar sua liberdade com responsabilidade. A ideia tradicional de um poder estático, que habita em um lugar determinado, de um poder piramidal, exercido de cima para baixo, em Foucault é transformada. Ele acredita no poder como um instrumento de dialogo entre os indivíduos de uma sociedade. A noção de poder onisciente, onipotente e onipresente não tem sentido na nova versão, pois tal visão somente servia para alimentar uma concepção negativa do poder.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Relação de Poder

O Poder se expressa nas diversas relações sociais, assim, pode-se falar, que onde existem Relações de Poder, existe política. Por sua vez, a política se expressa nas diversas formas de poder e pode ser entendida como a política relacionada ao Estado, como também, em um sentido mais amplo, e não menos importante, em outras dimensões da vida social. Uma relação de poder se forma no momento em que alguém deseja algo que depende da vontade de outro. Esse desejo estabelece uma relação de dependência de indivíduos ou grupos em relação a outros. Quanto maior a dependência de A em relação a B, maior o poder de B em relação a A. Essa dependência aumenta à medida que o controle de B sobre o que é desejado por A aumenta. Relações de poder existem e muitas vezes definem, e não necessariamente com os critérios de justiça necessários, à saúde de uma organização. Justiça implica juízo de valor, e valores são minimamente compartilhados nas organizações, contestando a antiga visão da cultura única.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"Trabalhamos em empregos que não gostamos para comprar um monte de coisa que não precisamos."
[Frase retirada do filme Clube da Luta]

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Servidão Moderna


O documentário "Da servidão moderna" desenvolve o conceito de "sistema mercantil totalitário", que é definida tanto pela ocupação de toda a vida social e íntima, mas também todo o espaço e sua submissão às mercadorias. É, portanto, o resultado de qualquer sistema totalitário, já que nada pode escapar a sua aderência. Enquanto isso, para esconder a nossa condição servil e demência de organização social como um todo, o fornecedor do sistema totalitário montou todo um aparato de mistificação. "A servidão moderna é uma escravidão voluntária, consentida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais. Eles mesmos procuram um trabalho cada vez mais alienante que lhes é dado, se demonstram estar suficientemente domados.Eles mesmos escolhem os mestres a quem deverão servir. Para que esta tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e de sua alienação. Aí está a estranha modernidade da nossa época. Contrariamente aos escravos da antiguidade, aos servos da Idade média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada, só que não sabe, ou melhor, não quer saber. Eles ignoram o que deveria ser a única e legítima reação dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que se planejou para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça."

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Saiba mais sobre a Escravidão Moderna

Hoje, as pessoas estão vivendo em regime de escravidão em países de todo o mundo. A escravidão está escondida em fábricas, fazendas, e de portas fechadas, em casas e outros locais nas cidades e vilarejos de nações mais ricas e mais pobres do mundo. Mas com o poder de um movimento mundial, redes sociais e tecnologias, podemos expor esses crimes ocultos de modo que a esta seja a última geração que precisa lutar contra o comércio de vidas humanas. As pessoas por conta própria tornam-se escravos do trabalho, para comprar mercadorias que os fazem mais escravos ainda, somos modelados pelo trabalho. Quanto mais compramos mais nos tornamos escravos. As tecnologias separam e destroem as relações humanas e o convívio em sociedade.  O homem perde todas as suas energias e passa por humilhações no trabalho para comprar esses mesmos produtos que são escravizados para transformar, sempre correndo contra o tempo, cada segundo perdido em vão são milhares de reais. Todos trabalham correndo contra o tempo com a ideia de uma falsa liberdade.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013